quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

O ano que termina

Anonovo

Vejo o ano que termina. Os dias correm vagarosos. Mas o ano termina. Sempre terminamos um pouco com o ano que termina. Sempre terminamos um pouco a cada dia que termina. Sempre há alguma coisa terminando, se concluindo. Sempre há uma planta que se termina por dentro. Sempre há um amor que termina, como o ano que termina. Sempre há um abraço que termina, um beijo de despedida, um aceno para alguém que vai embora. Quero olhar melhor os pássaros. E também o mar. E também as caravelas que me habitam no meu próprio descobrimento. Não terei saudades do ano que termina. Mas também aconteceram coisas boas. Mas não terei saudade do ano que termina. Termina com ele alguma coisa minha, algum gesto que perdi talvez para sempre. Não sei dizer o que exatamente sinto. Nem é preciso dizer nada. Vejo o ano que termina no calendário. Conto os dias, as horas. Os minutos. A gente sempre termina um pouco junto com o ano que termina. O ano termina dentro de meu silêncio, eu ausente de mim. Vou ver amanhecer o novo ano. Olharei as estrelas do céu e talvez me sinta feliz.

                                                                                                                (Álvaro Alves de Faria)

Álvaro Alves de Faria é jornalista, poeta e escritor.





O CENTRO DE MEMÓRIA DA AMAZÔNIA DESEJA A TODOS UM 2012 DE MUITA LUZ E HUMANIDADE. DESEJAMOS QUE A CADA NOVO OLHAR SOBRE NOSSAS LEMBRANÇAS MEMORIAIS HISTÓRICAS DO PARÁ TENHAMOS NOVAS PERSPECTIVAS DE AÇÕES EM PROL DE UMA "COMUNHÃO COLETIVA" DE CRESCIMENTO INTELECTUAL.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Papai Noel


PAPAI NOEL
Papai Noel, ou Pai Natal ("Noël" é natal em francês) é uma figura lendária que, em muitas culturas ocidentais, traz presentes aos lares de crianças bem-comportadas na noite da Véspera de Natal, o dia 24 de dezembro, ou no Dia de São Nicolau (6 de dezembro). A lenda pode ter se baseado em parte em contos hagiográficos sobre a figura histórica de São Nicolau. Uma história quase idêntica é atribuída no folclore grego e bizantino a Basílio de Cesárea. O Dia de São Basílio, 1º de janeiro, é considerado a época de troca de presentes na Grécia.

Enquanto São Nicolau era originalmente retratado com trajes de bispo, atualmente Papai Noel é geralmente retratado como um homem rechonchudo, alegre e de barba branca trajando um casaco vermelho com gola e punho de manga branca, calças vermelhas de bainha branca, e cinto e botas de couro preto. Essa imagem se tornou popular nos EUA e Canadá no século XIX devido à influência da Coca-Cola, que na época lançou um comercial do bom velhinho com as vestes vermelhas. Essa imagem tem se mantido e reforçado por meios publicitários, como músicas, filmes e propagandas.

Conforme a lenda, Papai Noel mora no Extremo Norte, numa terra de neve eterna. Na versão americana, ele mora em sua casa no Polo Norte, enquanto na versão britânica frequentemente se diz que ele reside nas montanhas de Korvatunturi na Lapônia, Finlândia. Papai Noel vive com sua esposa Mamãe Noel, incontáveis elfos mágicos e oito ou nove renas voadoras. Outra lenda popular diz que ele faz uma lista de crianças ao redor do mundo, classificando-as de acordo com seu comportamento, e que entrega presentes, como brinquedos ou doces, a todos os garotos e garotas bem-comportados no mundo, e às vezes carvão às crianças mal comportadas, na noite da véspera de Natal. Papai Noel consegue esse feito anual com o auxílio de elfos, que fazem os brinquedos na oficina, e das renas que puxam o trenó.

O personagem foi inspirado em São Nicolau Taumaturgo, arcebispo de Mira na Turquia, no século IV. Nicolau costumava ajudar, anonimamente, quem estivesse em dificuldades financeiras. Colocava o saco com moedas de ouro a ser ofertado na chaminé das casas. Foi declarado santo depois que muitos milagres lhe foram atribuídos. Sua transformação em símbolo natalino aconteceu na Alemanha e daí correu o mundo inteiro.

Há bastante tempo existe certa oposição a que se ensinem crianças a acreditar em Papai Noel. Alguns cristãos dizem que a tradição de Papai Noel desvia das origens religiosas e do propósito verdadeiro do Natal. Outros críticos sentem que Papai Noel é uma mentira elaborada e que é eticamente incorreto que os pais ensinem os filhos a crer em sua existência. Ainda outros se opõem a Papai Noel como um símbolo da comercialização do Natal, ou como uma intrusão em suas próprias tradições nacionais.



Divulgação

Uma das pessoas que ajudaram a dar força à lenda do Papai Noel foi Clemente Clark Moore, um professor de literatura grega de Nova Iorque, que lançou o poema Uma visita de São Nicolau, em 1822, escrito para seus seis filhos. Nesse poema, Moore divulgava a versão de que ele viajava num trenó puxado por renas. Ele também ajudou a popularizar outras características do bom velhinho, como o fato dele entrar pela chaminé.

O caso da chaminé, inclusive, é um dos mais curiosos na lenda de Papai Noel. Alguns estudiosos defendem que isso se deve ao fato de que várias pessoas tinham o costume de limpar as chaminés no Ano Novo para permitir que a boa sorte entrasse na casa durante o resto do ano.

No poema, várias tradições foram buscadas de diversas fontes e a verdadeira explicação da chaminé veio da Finlândia. Os antigos lapões viviam em pequenas tendas, semelhantes a iglus, que eram cobertas com pele de rena. A entrada para essa “casa” era um buraco no telhado.

A última e mais importante característica incluída na figura do Pai Natal é sua blusa vermelha e branca. Antigamente, ele usava cores que tendiam mais para o marrom e costumava usar uma coroa de azevinhos na cabeça, mas não havia um padrão.

Seu atual visual foi obra do cartunista Thomas Nast, na revista Harper's Weeklys, em 1886, na edição especial de Natal. Em alguns lugares na Europa, contudo, algumas vezes ele também é representado com os paramentos eclesiásticos de bispo, tendo, em vez do gorro vermelho, uma mitra episcopal.

O mito da Coca-Cola

É amplamente divulgado pela internet e por outros meios que a Coca-Cola seria a responsável por criar o atual visual do Papai Noel ou Pai Natal (roupas vermelhas com detalhes em branco e cinto preto), mas é historicamente comprovado que o responsável por sua roupagem vermelha foi, como dito acima, o cartunista alemão Thomas Nast, em 1886 na revista Harper’s Weeklys.

Papai Noel ou Pai Natal até então era representado com roupas de inverno, porém na cor verde (com detalhes prateados ou brancos), típico de lenhadores . O que ocorre é que em 1931 a Coca-Cola realizou uma grande campanha publicitária vestindo Papai Noel ou Pai Natal ao mesmo modo de Nast , com as cores vermelha e branca, o que foi bastante conveniente, já que estas são as cores de seu rótulo. Tal campanha, destinada a promover o consumo de Coca-Cola no inverno (período em que as vendas da bebida eram baixas na época), fez um enorme sucesso e a nova imagem de Papai Noel ou Pai Natal espalhou-se rapidamente pelo mundo. Portanto, a Coca-Cola contribuiu para difundir e padronizar a imagem atual, mas não é responsável por tê-la criado.

O Papai Noel ou Pai Natal da Lapônia
Nos países do Norte da Europa, diz à tradição que o Papai Noel não vive propriamente no Pólo Norte, mas sim na Lapônia, mais propriamente na cidade de Rovaniemi, onde de fato existe o "escritório do Papai Noel" bem como o parque conhecido como "Santa Park", que se tornou uma atração turística do local. Criou-se inclusive um endereço oficial como a residência do Papai Noel, a saber:

Santa Claus
FIN-96930 Arctic Circle
Rovaniemi - Finlândia
http://www.santaclausoffice.fi

Em função disso, a região de Penedo, distrito de Itatiaia, no Rio de Janeiro, que é uma colônia finlandesa, se auto-declarou como a "residência de verão" do Papai Noel. Há ainda, na cidade de Gramado-RS, a Aldeia do Papai Noel.


A agência que controla o espaço aéreo americano (North American Aerospace Defense Command) também instalou um "Santa Tracker" ("Rastreador de Santa" Claus) em sete idiomas, onde se pode ver a localização atual e as próximas paradas de Papai Noel, acompanhado de suas legendárias renas. O programa de rastreamento do Papai Noel pela agência é uma tradição que data de 1955, quando um anúncio no jornal Colorado veio com o número telefônico para conectar as crianças com o bom velhinho e algumas chamadas, por erro, caíram numa linha da NORAD.

O envio de correspondências ao Papai Noel

Cartas para santos ou de cunho religioso são uma prática existente desde a antiguidade, mas apenas a partir do século passado surgiu no mundo o ato de enviar cartas ao Papai Noel como um cunho familiar, ou seja, os pais da criança leem as cartas dela, e com a condição de serem bem comportadas durante o ano, recebem o presente como sendo de autoria do Papei Noel; às vezes de forma tão ensaiada que chegam a acreditar fielmente em sua existência, identicamente ao coelho da páscoa.

Há, entretanto, versões oficiais ou semioficiais de papais noeis no mundo receptoras de correspondências, e correspondem de acordo com algum critério de seleção (presentes muito onerosos não são entregues por razões óbvias). É comum encontrá-los em shopping centers, praças centrais das cidades, hospitais e estabelecimentos públicos, etc. Na maioria destes lugares as cartas são entregues presencialmente ou depositadas no próprio ambiente.

No Brasil, os Correios oficialmente recebem cartas endereçadas ao Papai Noel desde 2001, e o número de mensagens correspondidas equivaleu em 2008 em aproximadamente metade, selecionadas de acordo com o contexto ou com o valor financeiro do presente. As mensagens são enviadas aos funcionários do Correios, mas todos os brasileiros podem se voluntariar como um Papai Noel diretamente nas agências dos Correios do país.

Os correios dos países escandinavos também têm programas parecidos, mas preparados para correspondências de todo o planeta, uma vez que a Lapônia é terra dada como sendo oficialmente da origem do Papai Noel. Na Finlândia inclusive, todas as cartas dirigidas a Papai Noel ou Santa Claus e com endereço Lapônia ou Pólo Norte são direcionadas para a agência em Rovaniemi (capital da província laponesa), e segundo a própria agência, o endereço correto é: Santa Claus, 96930, Círculo Polar, Finlândia. As cartas recebidas com remetente recebem uma resposta em oito idiomas diferentes.

Nome do Papai Noel em vários países:

    Alemanha: Nikolaus (ou Weihnachtsmann - literalmente, "homem do Natal")
    Argentina, Colômbia, Espanha, Paraguai , Peru e Uruguai: Papá Noel
    Brasil: Papai Noel
    Chile: Viejito Pascuero
    Croácia: Djed Mraz
    Dinamarca: Julemanden
    Eslovénia: Božiček
    Estados Unidos / México: Santa Claus
    Finlândia: Joulupukki
    França: Père Noël
    Itália: Babbo Natale
    Inglaterra: Father Christmas
    Japão: サンタクロース (lê-se "Santa kurosu" vem do inglês Santa Claus.)
    Macedônia: Dedo Mraz
    Países Baixos: Kerstman (literalmente, "homem do Natal")
    Portugal: Pai Natal
    Reino Unido: Father Christmas
    Rússia: Ded Moroz
    Suécia: Jultomte


A frase "Feliz Natal" em várias línguas

    Albanês - Gëzuar Krishtilindjen
    Alemão - Fröhliche Weihnachten
    Armênio - Shenoraavor Nor Dari yev Pari gaghand
    Basco - Zorionak
    Bósnio, Croata, Sérvio - Sretan Božić
    Castelhano - Feliz Navidad ou Felices Pascuas
    Catalão - Bon Nadal
    Coreano - Chuk Sung Tan
    Esperanto - Gajan Kristnaskon
    Esloveno - Vesel božič
    Finlandês - Hyvää joulua
    Francês - Joyeux Noël
    Galês - Nadolig Llawen
    Georgiano - Kristas Shobas
    Grego - Καλά Χριστούγεννα
    Holandês - Prettige Kerstfeest
    Inglês - Merry Christmas ou Happy Christmas
    Italiano - Buon Natale
    Japonês - メリークリスマス Merīkurisumasu (adaptação de Merry Christmas)
    Latim - Natale hilare
    Macedônio - Sreken Božić
    Mandarim - Shèngdàn jié kuàilè (no sistema de escrita simplificada 诞节快乐 e tradicional 聖誕節快樂)
    Polonês - Wesołych Świąt
    Português - Feliz Natal
    Romeno - Sarbatori Fericite
    Russo - S Rozdestvom
    Sueco - God Jul
    Ucraniano - Z Rizdvom Hrystovym

 Referências
 Revista Super Interessante online
O Papai Noel ou Pai Natal de hoje foi criado pela Coca-Cola
http://www.dm.com.br/materias/show/t/papai_noel_no__inveno_da_coca_cola
O mapa pode ser seguido no site http://www.noradsanta.org
AFP, acessado em 28 de dezembro de 2009
http://www.jornalfloripa.com.br/mundo/ver_info_jornalfloripa.asp?NewsID=1975
Lapônia: a terra do Papai Noel
 Cartas para Papai Noel agitam o correio do Pólo Norte Olhar direto, acessado em 28 de dezembro de 2009

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Recomendação de Filme: Apocalypse Now


Diretor: Francis Ford Coppola
Ano de lançamento: 1979
Gênero: Drama de Guerra
Elenco: Martin Sheen, Marlon Brando, Robert Duvall, Frederic Forrest, Sam Bottoms, Laurence Fishburne, Albert Hall, Harrison Ford, Dennis Hopper.

              Na minha indicação de filme para esta postagem, escolhi um filme que como poucos, conseguiram retratar a insanidade de uma guerra. Com um roteiro baseado no livro Coração das Trevas (1902) de Joseph Conrad, do qual também indico a leitura, e dirigido pelo magnifico e superpremiado diretor Francis Ford Coppola, Apocalypse Now é um monumento cinematográfico, ousado e intenso do começo ao fim, figurando na lista do American Film Institute como um dos 100 melhores filmes de todos os tempos, ganhador de dois Oscar (melhor fotografia e melhor som) e indicado em outras 6 categorias, 3 Globo de Ouro (melhor diretor, melhor roteiro adaptado e melhor ator coadjuvante - Robert Durvall) e 1 Palma de Ouro no Festival de Cannes (melhor filme).
                A trama se passa durante a Guerra do Vietnã no final dos anos 1960 quando as tropas americanas já estavam presentes para combater a guerrilha vietcongue de orientação comunista no norte do Vietnã, com o intuito de impedir o avanço do comunismo para o restante daquele país. É neste cenário belicoso que o roteiro se desenvolverá mostrando os horrores de uma guerra que causou danos físicos e mentais naqueles que nela combateram. O enredo tem como personagem coadjuvante o capitão Benjamin Willard (Martin Sheen), um homem angustiado e fadigado pela guerra, que recebe a missão secreta de assassinar o seu compatriota e dissidente de guerra, coronel Kurtz (Marlon Brando), que lidera um exército rebelde na fronteira entre o Vietnã e o Camboja, um lugar de difícil acesso. Willard recruta alguns soldados para acompanha-lo em um barco até o leito do rio Nung, para ajuda-lo a executar a sua missão. Durante a viagem os tripulantes se depararam com o lado mais sombrio da guerra e de si mesmos beirando a loucura, o que revela um ponto em comum com a proposta do livro Coração das Trevas e de relatos reais de soldados.
               Coppola conseguiu captar a essência do ambiente de guerra, com cenas marcantes e vigorosas filmando a sua película nas Filipinas, lugar com características similares ao do Vietnã. O filme começou a ser gravado em 1976, três anos após a retirada das tropas americanas e menos de um ano depois do termino da guerra. Houve vários problemas durante as gravações tanto com o clima (um tufão que atingiu as Filipinas e destruiu os cenários) quanto com o elenco (o ator Martin Sheen sofreu um infarto durante as gravações) entre muitos outros, por isso o filme só conseguiu estrear em 1979 no Festival de Cannes com quase dois anos de atraso, mas a despeito dos problemas Apocalypse Now arrebatou o premio principal, sendo um sucesso de publico e crítica.
              Com um elenco excelente, um diretor talentoso e uma fotografia espetacular, Apocalypse Now se tornou uma referencia em filmes de guerra. Nem a sua longa duração faz com que o telespectador perca a atenção, em um filme que vai muita além de bombas e tiros, mas leva os personagem e o telespectador a presenciar os horrores da guerra que deforma a humanidade. Um filme que vale a pena ser conferido.

Por: Gabriel Prudente
             
               

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Oficina sobre uso de fontes dos séc. XVIII e XIX


Nos dias 20 e 21 de dezembro o Centro de Memória da Amazônia estará oferencendo ao público uma oficina sobre o uso de fontes histórica dos séculos XVIII e XIX, ministrada pelo Prof. Otaviano, Diretor do CMA.
Serão apenas 20 vagas, e os interessados ou aqueles que queriam mais informações podem ir até o Centro que fica na Travessa Rui Barbosa nº 491, ou ligar para 3252-2843.


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Exposição lança um novo olhar sobre o Ver-o-Peso



Exposição lança um novo olhar sobre o Ver-o-Peso

O Ver-o-Peso, um dos principais cartões-postais paraenses, é o tema da exposição que abre, nesta quinta-feira (29), às 19h, no Canto do Patrimônio, na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. A mostra é resultado de uma pesquisa realizada entre os anos de 2008 a 2010, sob responsabilidade da Associação das Erveiras e dos Erveiros do Ver-o-Peso (Ver-as-Ervas), em parceria com o Iphan e com o patrocínio do Edital Petrobras Cultural/ Lei de Incentivo à Cultura.

O inventário de referências culturais apresenta traços que estarão presentes na mostra. “A pesquisa contribui para que os trabalhadores da área reflita e discutam o Ver-o-Peso, avaliando problemas e possibilidades voltados para a preservação desse patrimônio cultural”, explica Dorotéa Lima, superintendente do Iphan no Pará. A exposição vai utilizar recursos multimídias, além de cheiros e texturas para despertar os sentidos dos visitantes e provocar neles a sensação de estar no próprio mercado.

Também no dia 29, haverá o lançamento do livro ‘Ver-o-Peso – Estudos Antropológicos do Mercado de Belém’. Na sexta-feira (30), será realizado o seminário ‘Ver-o-Peso – Múltiplos Olhares’, composto por duas mesas redondas - pela manhã será a mesa “Ver-o-Peso em foco”, formada por diversos pesquisadores que desenvolvem trabalhos sobre o Ver-o-Peso e, à tarde, a mesa abordará o processo de concepção e montagem da exposição.

Além de movimentar diversas cadeias produtivas da Grande Belém, a feira se consolidou como um dos ícones da diversidade biocultural da região Norte do Brasil, já tendo sido objeto de estudos, músicas, enredos carnavalescos, ensaios fotográficos e aparições em inúmeras mídias.

O Ver-o-Peso foi tombado pelo Iphan em 1977, tendo assim seu valor como patrimônio histórico e arquitetônico reconhecido. “É necessário que olhemos para o Ver-o-Peso com mais atenção. Quando tanto se fala em economia criativa, não há dúvida que as feiras e mercados são um importante modelo que deve ser fomentado. Além disso, podemos dizer ainda que não há nada melhor do que os mercados e feiras para comprovar que aquilo que é bom para a população local é sempre um atrativo para o turista”, completa a superintendente.

Catálogo e guia – Uma das novidades do evento é o lançamento de duas publicações inéditas – um catálogo e um guia. O catálogo aborda os temas ligados à exposição, enquanto que o guia descreve as atividades desenvolvidas no Ver-o-Peso, como a venda de frutas regionais, peixes frescos, plantas, sementes e artesanato, e apresenta um mapa com a localização dos produtos por setores. A expectativa é que o guia se torne um instrumento de apoio aos feirantes e também aos frequentadores do mercado.

Visitas – Os monitores da exposição são alunos dos cursos de museologia e artes visuais. Serão promovidas ainda visitas ao Ver-o-Peso, realizadas pelo Grupo de Pesquisa em Geografia do Turismo-UFPA. O roteiro é chamado de ‘Do Complexo do Ver-o-Peso ao Porto: Percorrendo e Revelando Paisagens no Centro Histórico de Belém’. Estão previstas visitas nos dias 02 e 16 de outubro e 06 e 20 de novembro. A participação é gratuita e o ponto de encontro é o Terminal Turístico da Estação das Docas, sempre às 8h30.

Serviço: Exposição “Ver-o-Peso”, de 29 de setembro a 28 de dezembro, no Canto do Patrimônio, sede do Iphan (Av. José Malcher, 563, esquina com Rui Barbosa). Horários: Terça a sexta-feira: 10h às 17h. Sábado: 09h30 a 13h30. Entrada franca.
Fonte: Dol Online

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Além da floresta, as pessoas: Centro de Memória da Amazônia




Por Uriel Pinho

                A região amazônica é frequentemente retratada na mídia como uma região rica, inexplorada e onde os conflitos sociais pelo uso dos recursos naturais são frequentes. A cultura, quando retratada, parece querer se restringir a cultura indígena, de maneira exótica e como que desvinculada dos modos de vida da maioria não indígena dos cerca de 25 milhões de habitantes da região.

É necessário entender a Amazônia em sua complexidade natural e econômica, e também do ponto de vista cultural e social das variadas populações que a compõem.

Em Belém, o Centro de Memória da Amazônia, órgão da UFPA, surgiu com o intuito de promover a pesquisa sobre aspectos pouco explorados do passado social e cultural principalmente da Amazônia brasileira, e ainda aproximar essa produção científica das redes de ensino fundamental e médio.

O Centro de Memória da Amazônia

                O processo de institucionalização de um polo cultural que reunisse memória, ensino e práticas artísticas teve início em 6 de fevereiro de 2007, período em que a UFPA firmou um acordo com o Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJE-PA),se responsabilizando pela guarda do “arquivo inativo” do TJE, ou seja, cerca de 35 toneladas de documentos diversos, de natureza cível (registros de casamento, nascimento, divórcio...) ou criminal (processos de roubo, homicídio, estupro...), compreendendo desde o ano de 1796 até 1970 que tinham baixíssima freqüência de uso e corriam o risco de se perder devido a falta de estrutura do TJE para mantê-los.

                Devido à importância histórica dos documentos, a UFPA iniciou a estruturação do prédio de sua antiga gráfica, no bairro do Reduto em Belém, para abrigar o arquivo. Sob a coordenação do professor Otaviano Vieira da Faculdade de História da UFPA, foi feita a organização de muitos documentos e mesmo com condições ainda não ideais, o Centro de Memória da Amazônia recebeu cerca de 600 visitas de pesquisadores do Brasil e de outros países, somente em 2009.

A reforma iniciada em outubro de 2009 inclui a climatização do espaço, construção de um auditório multiuso com cerca de 50 lugares. Além de salas para a administração e pesquisa, e da aquisição de 18 corredores de estantes móveis para as cerca de 3 mil caixas de arquivos.

 Segundo o professor Otaviano Vieira, apesar de cumprir importante papel acadêmico, o principal objetivo do CMA é justamente se firmar como mais um espaço cultural da cidade de Belém, atendendo à população como um todo, por meio de atividades lúdicas e educativas.

Ensino e Pesquisa

                Um dos campos de atuação do CMA diz respeito à construção da história da inquisição na Amazônia. Após parceria com o Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Portugal, foi examinado o acervo de cerca de 10 mil processos da inquisição portuguesa, e desses separados cerca de 100 referentes ao então Estado do Grão-Pará e Maranhão (atualmente, quase todo o norte do Brasil, mais o Maranhão e parte do Mato Grosso).

Este acervo agora está digitalizado e disponível no site do CMA. E não interessa apenas a acadêmicos, pois através da intolerância inquisitorial é possível revisitar a intolerância nos dias atuais – incluindo fenômenos como o bullying.

Sociedade: foco principal

                Ações como essa revelam a importância da história e da memória como instrumentos a favor do presente. Como dito pelo historiador Marc Bloch*, A história é uma ciência dos homens no tempo e não simplesmente uma ciência do passado. Por trás dos documentos deteriorados, artefatos antigos e peças em desuso, são os seres humanos que a história quer enxergar.  Esses objetos são peças do quebra-cabeça que nos conta sobre as pessoas, a maneira como elas viam o mundo e estavam inseridas nele.

                História pode ser análise e criticidade ao invés de simples narrativa. O que quer dizer não se limitar ao culto de um passado repleto de heróis e grandes feitos. Ao voltarmos nosso olhar para pessoas e acontecimentos até mesmo corriqueiros, há muito acabados, revisitamos o próprio presente.

Pois em grande medida, o passado é uma construção que obedece às demandas culturais, políticas e econômicas do presente. Não faltam exemplos de fatos do passado que foram invisibilizados ou trazidos de volta à tona de acordo com determinado contexto social. Nesse jogo de lembrar pelo qual nos conduzem os historiadores, muitas vozes que foram caladas ao longo do tempo, novamente são ouvidas.

  • BLOCH, Marc. Apologia da História: ou oficio de historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zarah Editor, 2001

http://www.portal.ufpa.br/interna_minutodauniversidade.php

http://www.portal.ufpa.br/gerencia/exibeVideo.php?id=332

“Dr. Fantástico” - Resumo do filme



Resolvi colocar neste texto não só o resumo deste filme como o que me levou a fazer o mesmo assim como o percurso metodológico para concebê-lo. Logo, Quando soube que ia postar mais um texto neste blog comecei a meditar sobre o que iria falar sobre minhas reflexões, sobre um artigo que eu tenha feito e ainda não tenha publicado, ou que tal comentar uma noticia, são tantas opções. Pensei então essas coisas são legais mais acho que vou escrever sobre algo que realmente gosto, como agrada a muita gente um entretenimento de massa, que tal então falar sobre algo relacionado à 7ª arte. É cinema! É bom mais não vou ser geral mais sim especifico vou então falar sobre um filme mais qual são tantos os filmes que eu gostei no decorrer da minha vida. Devo então falar sobre algo relacionado a historia mais são tantos os filmes relacionados a historia mais sobre o qual são tantos os filmes que abordam um momento histórico, um acontecimento marcante na historia da nossa humanidade.
Pensei, pensei e nada... Resolvi então abrir um livro sobre historia da civilização ocidental para me distrair um pouco e estava lá guerra fria a crise dos misseis cubanos década de 1960. Falei comigo mesmo olha que interessante, nessa época poderíamos considerar que o mundo estava a beira de uma 3ª guerra mundial esta que por sua vez poderia trazer a humanidade proporções catastróficas, pois naquele momento tanto os Estados Unidos quanto a URSS tinham a tecnologia e mostraram em outras ocasiões que possuíam bombas atômicas. Como em Hiroshima e Nagasaki onde os Estados Unidos utilizaram a Bomba H para conseguir a rendição dos japoneses dando a 2ª guerra um fim que custou a vida de milhões de pessoas inocentes e muitos historiadores dizem que a utilização da bomba H tinha mais o objetivo de mostrar para os soviéticos que os norte americanos eram belicamente superiores. E não podemos esquecer que 2011 marcam os 50 anos que foi testada a arma nuclear mais potente já fabricada na historia a bomba czar que levava o nome código IVAN. Que foi fabricada e testada pelos soviéticos em 30 de outubro de 1961, em Nova Zembla uma ilha no oceano ártico, como uma forma de propaganda na guerra fria.
Rapidamente me veio à mente um filme de 1964, chamado “Dr. Strangelove” que no Brasil ficou conhecido como “Dr. Fantástico” produzido por ninguém mais ninguém menos que Stanley Kubrick um dos maiores cineastas do sec. 20. E que tem em seu currículo filmes como “2001: uma odisséia no espaço”, considerada por muitos a melhor obra de ficção já produzida na historia do cinema mundial, entre outros. Dr. Fantástico é um filme baseado no livro “Red Alert” escrito por Peter George que satiriza de maneira bastante inteligente chegando ate ao humor negro a relação existente entre norte americano e soviético durante a guerra fria e o período de tensão nuclear existente na década de 1960. Tem em seu elenco Petter Sellers um dos maiores comediantes da época e George C. Scott entre outros grandes atores no elenco.
Em sua trama o filme mostra Jack Ripper um general norte americano transtornado que direto de sua base ordena um ataque nuclear aos soviéticos, e segue com o presidente dos Estados Unidos, seus conselheiros e um oficial da força área britânica reunidos no pentágono para evitar que o bombardeio ocorra e provoque um incidente diplomático que terá como conseqüência uma guerra nuclear que vai por fim a vida na terra. No desenrolar da trama o general Tergeson, um general exagerado e patriota que não confia no embaixador soviético De Sadesky que é convidado pelo presidente norte-americano para participar da reunião de cúpula no pentágono para deixá-lo a par dos acontecimentos que poderiam mudar os rumos da humanidade em companhia do Dr. Strangelove um especialista em armas nucleares que por ironia era um nazista da força armada alemã que passou a ser o braço direito do presidente norte americano. E dessa forma vai se desenrolando a trama do filme com perspicácia e bastante humor Stanley Kubrick satiriza aquele momento de tensão que se vivia na época. Criticando essas duas potencias que com o intuito de provar e manter a sua hegemonia eram capazes de causar uma catástrofe em escala global mudando totalmente os rumos da humanidade. O filme mostra toda a genialidade do seu produtor que através de muito bom humor denuncia o que poderia acontecer caso ocorresse uma guerra nuclear.
E é isso pessoal fica a dica para o fim de semana e para os cinéfilos de plantão assistam porque o filme é ótimo alem de ser uma maneira de aprendermos que as guerras podem muito bem levar a humanidade a nada mais nada menos que a sua extinção e que a historia nos ensina que quanto maior o poder maior a (i)rresponsabilidade e o (des)compromisso dos nossos governantes na busca pela paz.

Postado Por Alan Clayton

Encontro Paraense de Estudantes de História 2011 - EPAEH


O Encontro Paraense de Estudantes de História – EPAEH constitui-se em um fórum anual que reúne estudantes e profissionais da área de História e áreas afins,para dialogar sobre diversos temas da referida área, relacionando-os com temas de cunho pedagógico, científico, cultural, social e econômico.
O evento é inteiramente organizado e sistematizado pelo Centro Acadêmico de História, Movimento Estudantil de História– MEH e é representado pela Federação do Movimento Estudantil de História FEMEH.
Este ano será realizado o 4º Encontro Paraense dos Estudantes de História (EPAEH). O Encontro acontecerá entre os dias 8 a 11 de novembro de 2011, com a temática “Cidades: memória, criação e reconfigurações sociais no Pará” e reunirá os estudantes de história de todo o estado, além de profissionais, acadêmicos e representantes de movimentos sociais do Pará.
A programação inclui mesas redondas, mini-cursos e espaço de apresentação para trabalhos acadêmicos e outras atividades que propiciem a integração e o intercâmbio de experiências entre os participantes.
É um momento para aglutinar estudantes de história das mais diversas regiões do Pará, com o objetivo de aprofundar a prática política e profissional, além das discussões prioritárias do movimento estudantil de História diante das atuais discussões que permeiam a vida política, acadêmica e cultural do Estado.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Enade 2011

O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que avalia o rendimento dos alunos de graduação (ingressantes e concluintes), usando os conteúdos do curso que estão matriculados, ocorrerá dia 6 de novembro de 2011 e é obrigatório para os alunos selecionados e indispensável para a emissão do histórico. A inscrição dos estudantes ficou na responsabilidade das instituições.

A novidade neste ano é que os alunos que ingressaram nas instituições usando a nota do Enem estão dispensados da prova, pois a avaliação terá como base a nota do Exame Nacional do Ensino Médio. Apesar de dispensados, os calouros devem ser inscritos normalmente.
Na edição de 2008, o curso de História da Universidade Federal do Pará foi o único curso do Estado a conseguir conceito máximo no Enade, nota 5, considerado de excelência na qualidade de ensino.
Segundo o artigo primeiro da portaria normativa nº 8 de 15 de abril de 2011, passarão pela avaliação os cursos de Arquitetura e Urbanismo, Engenharia, Biologia, Ciências Sociais, Computação, Filosofia, Física, Geografia, História, Letras, Matemática, Química, Pedagogia, Educação Física, Artes Visuais e Música.
A partir do dia 7/10/2011 estará disponível o Questionário do Estudante e o Local de Prova na página do Inep.
Postado por Rebeca Magalhães