terça-feira, 2 de agosto de 2011

AGOSTO SEM DESGOSTO

 Então chega o mês de agosto! Conhecido muitas vezes como o mês do desgosto, mas também é o mês do dia dos pais, não posso esquecer-me de visitar o meu. Também tem o dia do estudante, dia 11. É em agosto que comemoramos o dia do historiador! Sim, o historiador também tem seu dia e é exatamente agora, 19 de agosto, aprovado pela lei nº 12.130, de 1º de dezembro de 2009. Agosto! Mês do temido Tranca Rua das Almas, no dia 24, data comemorada em muitos terreiros de umbanda, e já ia esquecendo: Agosto também é o mês da volta a aulas! Será que vem daí a ideia do mês do desgosto?
    Na verdade essa idéia de “mês do desgosto” vem de uma série de fatos ruins acontecidos ao longo da história que marcaram negativamente esse mês de Augusto. Não sabia disso? O oitavo mês do calendário cristão, esse que utilizamos em nosso país, recebeu esse nome dos antigos romanos para homenagear Augusto, César. Então damos então um viva a internet e suas vias de pesquisas na procura de entender o tal “desgosto de agosto”. Encontrei alguns desses terríveis acontecimentos e compartilho aqui com todos.
     Foi em agosto que aconteceu o episódio conhecido como a Noite de São Bartolomeu, 24 de 1572, quando a rainha católica Catarina de Médicis ordena o assassinato de mais de 3000 protestantes em Paris, sem poupar mulheres ou crianças.
Também foi em agosto que ocorre o estopim da I Guerra Mundial, em 1914, O assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austríaco. E adivinha o mês que foram lançadas as duas bombas atômicas na II Guerra Mundial pelos Estados Unidos em Hiroshima e Nagasaki, no Japão? Agosto! Dias 6 e 9 de 1945.
O presidente Getúlio Vargas suicida-se, com um tiro no peito, na madrugada de 24 de agosto 1954. Jânio Quadros renuncia à Presidência da República em 25 de 1961, e alegou sofrer pressões de "forças ocultas". Seriam elas ligadas ao mês de agosto?
     Se o mês de agosto é o mês do desgosto eu não posso dizer, pois para mim ele sempre foi generoso, me permite ter um bom dia com meu pai, recomeçar meus afazeres na universidade, celebrar o dia da profissão que escolhi, historiador, e tantas outras coisas.   
     Agosto, ao longo do tempo, ganhou esse contexto de desgosto devido a muitos acontecimentos ruins, porém, eles acontecem o tempo todo, seja março ou junho. Não foi em agosto que as torres gêmeas caíram e também não foi em agosto que a França tirou o Brasil da copa. O desgosto é algo natural de nossas vidas, como disse uma vez o fabuloso William Shakespeare “Algum desgosto prova muito amor, mas muito desgosto revela demasiada falta de espírito”. Então que venha agosto e que seja marcado pela reabertura do CMA aos pesquisadores e por muitas conquistas de todos nós. Venha agosto, e passe sem parar, para que setembro chegue e que a vida seja exatamente o que ela sempre foi, imperfeita, pois assim tudo segue cada vez mais interessante.
      Fecho aqui puxando um pouco as coisas para o meu lado. Dia 19 será o dia do historiador, então deixo uma frase para todos que, assim como eu, já foram mordidos por esse bicho da curiosidade que move cada historiador.
      O bom historiador se parece com o ogro da lenda: onde fareja carne humana, sabe que ali estará sua caça – Marc Bloch


Texto: Zady Alberto
Imagens: Google imagens 

4 comentários:

  1. Esse terraqueo escreve realmente muito bem! hehehe! Que venha agosto!!!

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  2. Grande parte dos acontecimentos se enquadra no campo da superstição. Parte da humanidade, desprovida de explicações lógicas e racionais para determinados fatos, ainda necessita do cajado das explicações sobrenaturais. O articulista foi muito feliz ao afirmar que os "desgostos" não acontecem somente em agosto. Não esqueçamos que somos (nós, a humanidade) responsáveis por muitas das coisas que acontecem. Atribuir responsabilidades a terceiros é retirar de nós o mau jeito em lidarmos com as coisas - objetos, situações, relações etc.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Muito Bom! As energias positivas afastam os temerosos desgostos da vida. Heider

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