sexta-feira, 29 de abril de 2011

Mensagem da Semana

Convivência

Hoje, enfrentamos muitos problemas.
Alguns criados por nós em conseqüência de diferenças ideológicas, religiosas, raciais, econômicas. 

Entretanto, chegou o momento de pensarmos em um nível mais profundo, em nível humano, e a partir daí apreciar e respeitar essa mesma condição nos outros seres humanos. 

Devemos construir relacionamentos mais próximos, de confiança mútua, compreensão e ajuda. Todos queremos a felicidade e evitar o sofrimento. 

Todos temos o mesmo direito de ser felizes, e aí reside a nossa igualdade fundamental. Não é necessário seguir filosofias complicadas. Nosso próprio cérebro, nosso próprio coração é o nosso templo. A filosofia é a bondade.

Dalai Lama

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Documentos Interessantes: O Restauro da Planta do Engenho Murutucú

A planta do Engenho do Murutucú de 1884 foi encontrada em meio à documentação judiciária Cível pertencente ao Fundo “Tribunal de Justiça do Estado do Pará” que está sob a guarda do Centro de Memória da Amazônia – Universidade Federal do Pará. O título do documento é “Autos Cíveis de Aviventação das terras denominadas Murutucú” de 1906, depositado na 14ª Vara Cível / Cartório Sarmento.

O requerente do documento, João Fernandes da Costa Aguiar, iniciou o citado processo por ser inventariante e herdeiro do cônego José Lourenço da Costa Aguiar, antigo senhor do engenho e proprietário por títulos legais. O engenho Murutucú está situado no município de Belém e na Comarca da Capital, abrangendo uma área de 8 445 190 (oito milhões quatrocentos e quarenta e cinco mil cento e noventa) braças, com forma de polígono irregular de sete faces. Possuindo lavoura, casas, barracas e outras benfeitorias. Faz sua fronteira ao Sul com a linha tirada na junção dos igarapés Utinga e Boissuquara para formar o igarapé Murutucú, até o ponto em que a estrada do Aurá corta o braço Leste do Rio Aurá, local onde existe uma ponte. A Leste (Este) da estrada do Aurá e Oeste do igarapé Boissuquara (área vendida ao Governo do Estado para completar as obras de abastecimento de água desta Capital) [em 1906]. Toda a discussão em torno do processo se dá por conta da medição e demarcação judicial dos limites das terras do Murutucú e dos vizinhos.

Durante a demarcação as partes envolvidas discutem sobre onde se encontram os limites de suas propriedades. A demarcação foi feita por um engenheiro agrimensor. A descrição minuciosa da demarcação judicial está no processo dada em “graus e minutos” do ponto de partida, e a cada parada dá-se o nome de elemento, entre um elemento e outro encontra-se a localização de determinadas construções e localidades do terreno do engenho, por exemplo “1° marco - se encontra na boca do igarapé Tucunduba em sua margem esquerda. Este marco era confeccionado de Acapú, com setenta e seis centímetros para dentro da terra e na parte exposta fora da terra possui quatro faces ortogonais entalhadas, com a inscrição “&.e. – F.P.E.M” (dos nomes dos demarcantes) e por baixo disso o numero “1”, medindo onze centímetros cada uma das faces. Havendo a dez metros a esquerda e a direita do marco indicadores maiores de Acapú (uma a 287 graus e outra a 303 graus). E [elemento do 2° marco] qüinquagésimo quarto no de oitenta e nove graos e trinta minutos com sessenta e três metros. Neste elemento encontra-se do lado opposto a bacia do igarapé Bussuquara;”

A restauração foi feita por conta da planta ser encontrada em pedaços e sua localização ter sido palco de importantes eventos da história paraense, como a Cabanagem, a Revolta do “Cacaolinho”. E por ter sido a última morada do famoso arquiteto italiano Antonio Landi. A restauração foi feita com orientação da Ethel Soares inicialmente por Aliny do Carmo, Ana Rita Ramos e Yure Lee Martins (e no fim por Yure e Ana) e durou 3 semanas com 2 horas de dedicação por dia em média.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Páscoa - Fábrica de Chocolate a Vapor


Trabalhando a documentação de um processo de inventário do acervo do Centro de Memória da Amazônia - CMA, identifiquei um jornal conhecido como “O Paraense” que dentre tantas informações uma delas fazia referencia a uma propaganda de uma empresa de chocolate, conhecida como “Fábrica de Chocolate a Vapor”. Tal fabrica situava-se na Rua 13 de Maio nº 36 e oferecia chocolates diversos como:

“Fino de Baunilha, Família, Fino Popular, Superior Comum, Fino em Pó, Chumbinho Comum, Fino Homeopático, de Canela. E finalmente, o mais que acreditado e medicinal chocolate, Peitoral de Musgo Islândico, aprovado pela junta de higiene da Capital Federal, premiado com as medalhas de 1ª classe nas exposições brasileiras de 1861, 1866 e 1879”. (O Paraense, 04 de julho de 1893).

Essa propaganda do Jornal do século XVIII faz alusão ao período que estamos vivendo em nossos dias – mês de Abril – onde as deliciosas ofertas de chocolate são abundantes. Em diversos estabelecimentos comercias os ovos de Páscoa se destacam fazendo aguçar o apetite. E fazendo dessas guloseimas o símbolo comercial da Páscoa.

Mas de fato a Páscoa para os cristãos (católicos e protestantes) é muito mas do que isso. É um momento especial que traz a memória a vida, a paixão e ressurreição de Jesus Cristo. Segundo a bíblia, o significado da Páscoa é fundamentado com a comemoração da saída do povo de Israel da escravidão do Egito. (Êxodo 12:18,19; 13:3-10) que na refeição das comemorações utilizavam um cordeiro assado representando sacrifício, ervas amargas que lembrava amargura e pães àzimos simbolizando a pureza. Para os cristãos a Páscoa representa a morte de Jesus em seu lugar para sua redenção, assim como também a promessa de ressurreição – a sua segunda vinda.

Feliz Páscoa a todos, com muito chocolate, mas também lembrando do sacrifício de Jesus, e que ele possa ressuscitar em cada coração.

Texto de autoria do bolsista Adolfo Silva.

terça-feira, 19 de abril de 2011

110 Anos do Arquivo Público


O CMA-UFPA parabeniza o Arquivo Público do Estado do Pará (APEP) pelos seus 110 anos completados no dia 16 de abril de 2011 e comemorados no dia de hoje, 19 de abril de 2011. Segundo o blog do arquivo público, o  "APEP oficializou-se a partir de 1901, mas recebia documentos oficiais para arquivo desde 1894 com registro das ações políticas e sociais dos administradores públicos, seja sob regência da Monarquia ou da República. Todo o acervo compreende do ano de 1646 aos anos 80 do século XX, sendo que desta última década há somente documentos do poder Executivo."

Parabéns a toda a equipe do APEP, e em especial a Ethel Soares colaboradora de longa data do CMA-UFPA.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Para Refletir

Os três desejos de Alexandre: por isso que ele era chamado de “O Grande”
  • Que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época;
  • Que fosse espalhado no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistados como prata, ouro e pedras preciosas;
  • Que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.
Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a Alexandre quais as razões desses pedidos e ele explicou:
  • Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles não têm poder de cura perante a morte;
  • Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem;
  • Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mão vazias viemos e de mãos vazias partimos.
Pense nisso...

CMA-UFPA no VIII CLBHA

Entre os dias 4 e 7 de abril, aconteceu em Belém o VIII Colóquio Luso-Brasileiro de História da Arte (CLBHA), este evento teve lugar no Centro de Eventos Benedito Nunes da UFPA. O CMA-UFPA marcou sua presença através de um stand com venda de diversos livros.




sexta-feira, 15 de abril de 2011

Documento do Mês de Abril

Ação de Alimentos é uma ação especial pela qual, por determinação legal e obedecida a legislação especifica, uma pessoa é obrigada a prestar à outra subsistência material, auxilio a educação, à formação intelectual e à sua saúde física e mental.

O documento do mês de Abril, trata de uma Ação de Alimentos, movida por Isaura P. S. contra seu marido, Arthur G. C. S., em 2 de maio de 1940.

Isaura relata que no dia 6 de abril de 1940 casou-se com Arthur, porém, com este já vivia maritalmente. No dia do casamento, Arthur adoeceu, ficando acamado durante 18 dias. Recuperado, ele saiu para o trabalho e não voltou para casa, mandando no dia seguinte, um bilhete, através do qual terminava o relacionamento.

Segundo Isaura, além do abandono, o marido teria lhe deixado uma dívida de 800$000, que contraíra para custear o tratamento do mesmo. Em busca de ajuda, ela recorreu à Folha do Norte (Jornal de grande circulação da época), que publicou sua história e lhe indicou a Assistência Jurídica.

Arthur G. C. S. diz em sua defesa que não houve abandono de sua parte. Tratou-se de um mero desentendimento. Para ele Isaura precipitou-se em tomar tais atitudes, antes de tentar a reconciliação com o marido em um curto prazo.

Em primeira instância, após a oitava de testemunhas das partes, o juiz julgou improcedente a ação, acreditou que a autora se aproveitou da doença do réu para casar-se com o mesmo. Considerou precipitada a queixa à Assistência Judiciária e à imprensa, pois, segundo o juiz, a intenção de Isaura era criar um escândalo, difamar o autor e pleitear o direito a alimentos.

Diante da negativa, Isaura interpôs recurso ao tribunal de apelação. Os juízes reformaram a sentença apelada, julgando procedente a ação, dando a ela uma pensão mensal equivalente à metade do salário do réu.

Porém, Arthur através de recursos, embargando a ação, conseguiu reformar a sentença. Baixando significativamente o  valor a ser pago por ele. 

Acervo: CMA-UFPA; Fundo: TJE-PA; Série: Cível; Subsérie: Ação de Alimentos 1857 - 1947; Procedência: 14ª Vara Cível/ Cartório Sarmento.


Mensagem da Semana

Tomara

Tomara que os olhos de inverno das circunstâncias mais doídas, não sejam capazes de encobrir por muito tempo os nossos olhos de sol. Que toda vez que o nosso coração se resfriar à beça, e a respiração se fizer áspera demais, a gente possa descobrir maneiras para cuidar dele com o carinho que ele merece. Que lá no fundo mais fundo do mais fundo abismo nos reste sempre uma brecha qualquer, ínfima, tímida, para ver também um bocadinho de céu. Tomara que os nossos enganos mais devastadores não nos roubem o entusiasmo para semear de novo. Que sempre que doer muito, os cansaços da gente encontrem um lugar de paz para descansar na varanda mais calma da nossa mente. Que o medo exista, porque ele existe, mas que não tenha tamanho para ceifar o nosso amor. Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada nem ninguém deste mundo. Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso. Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades. Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito. Que, mesmo quando estivermos doendo, não percamos de vista nem de sonho a idéia da alegria. Tomara que apesar dos pesares todos, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão de se sentir feliz. Tomara.

Ana Jácomo

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Documentos Interessantes: Inquerito relacionado a Cabanagem

O trecho do documento selecionado está relacionado diretamente à Cabanagem, denominada pelas autoridades por “Rebelião”. O documento é importante não apenas para imaginarmos algumas cenas associadas ao movimento, mas, também, para pensarmos que a memória construída sobre a Cabanagem significou embates, exclusões e silêncios. Quanto ao documento, é um Auto de Corpo de Delito Indireto que foi procedido pelo Juiz de Paz do décimo sétimo distrito do Pará à ordem do Exm. Snr. Presidente da Província do Pará por motivos de uma “Rebelião” iniciada no dia 7 de janeiro de 1835.

O documento trata de uma inquirição de testemunhas sobre a “Rebelião” ocorrida na província do Pará. No total foram cinco testemunhas inquiridas. Todas relatam a reunião dos líderes da “Rebelião” na casa de Félix Antônio Clemente Malcher e o momento em que foram surpreendidos pela guarda do presidente Lobo. Em seguida, relatam a entrada na cidade de outras pessoas ligadas à “Rebelião”, matando autoridades e tomando a capital e seus principais bairros. Romualdo José de Siqueira foi a quarta testemunha inquirida sobre os acontecimentos do dia 7 de janeiro de 1835. O trecho transcrito é apenas uma das falas sobre o ocorrido na província do Pará. O documento completo encontra-se sobre a guarda do Centro de Memória da Amazônia (sub-fundo Crime; Juízo de Pás, cx: 01, ano 1837).

Seleção de Fonte, transcrição e texto produzido pelo ex-bolsista do Bruno Mariano da Ponte Souza)


sexta-feira, 8 de abril de 2011

Mensagem da Semana


Você é feliz? Não espalhe, já que tanta gente se sente agredida com isso. Mas também não se culpe, porque felicidade é bem diferente do que ser linda, rica, simpática e aquela coisa toda. Felicidade, se eu não estiver muito enganada, é ter noção da precariedade da vida, é estar consciente de que nada é fácil, é tirar algum proveito do sofrimento, é não se exigir de forma desumana e, apesar disso tudo, conseguir ter um prazer quase indecente em estar vivo.

Martha Medeiros

CMA no Minuto da Universidade

Na manhã do dia 09 de março de 2011, o Centro de Memória da Amazônia recebeu a equipe de produção do "Minuto da Universidade", na ocasião foi gravado um programa a ser apresentado provavelmente durante o mês de Maio, neste programa os telespectadores poderão conhecer o CMA-UFPA e as atividades nele desenvolvidas. Fotos das gravações:



Prof. Otaviano, diretor do CMA-UFPA, sendo estrevistado


Equipe do CMA-UFPA e do Minuto da Universidade

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A presença africana na Amazônia

A presença africana na Amazônia no século XIX ainda é um assunto abstrato entre as pessoas; muito que se sabe sobre esse período é o viés cultural e social. A imagem criada da Amazônia é composta de jargões que fogem do contexto real do período. Exemplo: como sendo uma terra com poucos brancos e negros em meio ao grande contingente indígenas. A questão central aqui é o leitor compreender que a Amazônia ainda é repleta desses significados (seja por não existir um modo de vida “civilizado” ou a completa com “ausência de habitantes”).

A presença negra na Amazônia foi, de fato, expressiva como bem demonstra; Vicente Salles em sua obra especificamente sobre o estado do Pará: “Negro no Pará. Sob o regime da escravidão” buscando na antropologia e no folclore aspectos do universo cultural africano para estudar a escravidão; portanto, entender o escravo não sob o viés como força produtiva de trabalho, porém, como sujeito social em seu tempo vivido, não existindo dicotomia entre o trabalho e a cultura, ou seja, o negro sujeito de práticas culturais, embora estivessem inseridos no mundo do trabalho (escravista). 

No site do CMA contém informações online: nos inventários sobre a presença da escravidão negra na Amazônia para aqueles que desejam pesquisar sobre o assunto ou simplesmente aprofundar o conhecimento histórico, mesmo que seja por mera curiosidade deixo aqui minha dica, divirtam-se!

Texto produzido pela bolsista Débora Muniz.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Nosso Futuro no Lixo

Meus amigos mais uma vez deixamos acontecer um dos maiores absurdos que eu já vi, FICHA LIMPA só a partir do ano de 2012. O que era para ser unanimidade (estou falando da questão da boa conduta dos nossos políticos) acaba sendo uma questão a se discutir no plenário. Somos uma democracia, nossos representantes deviam ser de boa índole, mas isso é caso raro. Mas enfim, o que vim discutir hoje é a questão da nossa própria consciência.

Caríssimos colegas, esses “caros” senhores que se encontram em Brasília estão lá por nossa causa, nós votamos neles, e se o Brasil vai mal em alguns setores, ou de vez em quando aparece em algum escândalo de desvio de dinheiro, a culpa em grande parcela também é nossa. Se o Brasil está desse jeito a culpa também é nossa. Nós precisamos rever essa questão do voto. No dia das eleições muitas pessoas comentaram comigo que o voto não deveria ser obrigatório, muitos questionavam por que eles eram obrigados a votar se viviam em uma democracia? Essa questão é no mínimo pertinente. Hoje o nosso velho Itamar Franco tem um projeto de acabar com o voto obrigatório, que eu particularmente sou a favor, e vou dizer por quê.

Devido a essa falta de vontade de votar muitos acabam como que “indo na corda de outros”, indo naquela de se o pessoal gosta ele deve ser bom, além de o voto se tornar um produto comercial. O que quero dizer é que quando o ser humano faz uma coisa o qual ele não se interessa geralmente (claro que nem sempre) este faz isso de qualquer jeito, e nesse caso o que é feito de qualquer jeito é a importante decisão sobre a administração do nosso país. Com o fim do voto obrigatório aqueles que se interessam de verdade em participar de forma mais efetiva das escolhas do país podem fazer isso de formar mais minuciosa (claro que isso é uma utopia minha, em minha opinião se isso não seria a solução, ao menos amenizaria algumas dessas situações, mas isso é alvo de várias discussões).

Casos como a eleição de pessoas que respondem a processos administrativos como desvio de dinheiro na educação e saúde (ABSURDO) poderiam ser evitados, e a administração do país poderia melhorar. Eu sinceramente não posso aceitar que uma pessoa que desvie dinheiro que iria para gente mais necessitada consiga se reeleger como um dos mais votados. Até quando jogaremos o nosso país na lixeira???

Texto de autoria do bolsista Luiz André Moreira

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Eventos na UFPA discutem a obra do arquiteto Antonio Landi

Entre os dias 4 e 7 de abril, acontece em Belém o VIII Colóquio Luso-Brasileiro de História da Arte (CLBHA). Sediado na Universidade Federal do Pará, o Colóquio será paralelo à II Reunião Internacional do Fórum Landi. Os dois eventos dividirão parte da programação e têm um importante objetivo em comum: tentar criar o projeto base para transformar a obra do arquiteto Antônio Landi, em Belém, em Patrimônio Cultural da Humanidade.

Em sua oitava edição, o CLBHA traz o tema “O Patrimônio como Língua e a Língua como Patrimônio.” Segundo o pró-reitor de Relações Internacionais da UFPA, Flávio Sidrim Nassar, esse mote foi escolhido justamente para tentar abarcar não apenas Brasil e Portugal, como sugere o nome do evento, mas também todos os países lusófonos. “No mundo da globalização, foram formadas diversas redes de comunicação, e uma das mais importantes para o Brasil é a de países lusófonos, não somente do ponto de vista cultural, como também das relações de comércio”, explica o pró-reitor, que é arquiteto e coordenador executivo do Fórum Landi.

A programação do CLBHA será realizada em diversos espaços do Campus Básico da UFPA, dividindo as suas palestras, os minicursos, as apresentações orais e as oficinas entre os auditórios da Universidade. A II Reunião Internacional do Fórum Landi se estenderá até o dia 8 de abril, dia reservado para começar a pensar e definir o projeto para transformar a obra de Antônio Landi em Patrimônio Cultural da Humanidade.

Um italiano na Amazônia- Antônio José Landi foi um arquiteto italiano que veio para a Região Norte do Brasil em 1753. Apesar de ter viajado por outras cidades e Estados da região, Belém foi a cidade onde ele deixou a sua marca traçando o plano urbanístico da capital. Inúmeras fachadas, prédios, portos, praças e outros desenhos arquitetônicos espalhados pela cidade foram concebidos por ele. Landi incorporava em seus desenhos os estilos europeu e amazônico, construindo prédios adaptados à condição climática da região. Morreu em Belém, em 1791, com 78 anos, deixando a arquitetura da capital paraense órfã de um dos seus mestres.

Serviço:

VIII Colóquio Luso-Brasileiro de História da Arte e II Reunião Internacional do Fórum Landi

Abertura do VIII Colóquio: 4 de abril, às 19h, no Centro de Eventos Benedito Nunes, no campus Básico da UFPA, bairro Guamá, em Belém.

Período: De 4 a 8 de abril.

Local: Campus Básico da UFPA

Mais Informações: http://www.coloquio.ufpa.br/

Texto: Yuri Rebêlo – Assessoria de Comunicação da UFPA

Curso propõe discutir "O que é cinema?" no SESC Boulevard

Nos meses de abril e maio acontecerá no Centro Cultural SESC Boulevard o curso "O que é o cinema?", que tem como objetivo iniciar uma discussão sobre a arte cinematográfica assim como incentivar este segmento em Belém. O curso se dividirá em três momentos: Miguel Haoni será responsável pelo módulo “História do Cinema de Ficção”; Mateus Moura prosseguirá com “Perscrutando a Realidade” e para finalizar Luah Sampaio e Luana Beatriz ministrarão “Materializando a Imaginação”.

Miguel Haoni, cineclubista e diretor da Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema (APJCC), iniciará os trabalhos do curso com a “História do Cinema de Ficção”, nos dias 12 a 17 de abril. Este módulo abordará a significância do Cinema enquanto linguagem artística, propondo analisar as principais escolas estéticas, o papel das vanguardas, as modificações na linguagem cinematográfica ao longo dos anos.

Para tal evento, o módulo será dividido em 6 etapas iniciando pela estética dos faroestes americanos; seguindo pela loucura do cinema surrealista, representada pelo cineasta Luis Buñuel; o Realismo francês do entre-guerras; o Cinema Moderno; a Nova Hollywood, e por fim, a revolução que cerca o Cinema Maldito.

Dando continuidade, nos dias 03 a 08 de maio, Mateus Moura, que carrega vários títulos no currículo entre eles o de cineclubista e idealizador da APJCC, continuará o curso tendo em mente debater sobre o cinema novo ficcional. Para isso, além da base teórica que será ofertada (entre eles, André Bazin), Mateus dará destaque aos momentos importantes dos pioneiros do cinema.

“A ideia do curso é fazer essa discussão teórica acerca desta questão trinária: o que é o cinema? O que é a realidade? O que é o documentário?", instiga Mateus Moura. Na ocasião, serão analisadas obras de artistas-problematizadores desde os Irmãos Lumiére, passando por Flaherty, Vertov, Rouch até os Irmãos Maysles e Eduardo Coutinho.

“A pretensão é influir nos potenciais realizadores e críticos o passo para a ação. O olhar crítico mais afinado nos espectadores e a compreensão mais profunda da História e da Cultura do século XX nos homens e mulheres”, finaliza Mateus.

Por fim, Luah Sampaio e Luana Beatriz, integrantes da APJCC, encerrarão o curso, ministrando o módulo “Materializando a Imaginação”, que abordará o cinema de animação. A ideia é mostrar a magia por trás do cinema de animação e perpetuar o conceito de arte deste segmento do cinema, para tal resultado ser obtido, o primeiro passo é desvincular a idéia boba que há sobre a animação e levá-la para o lado artístico. A animação é uma forma de expressão com muitas coisas a oferecer àqueles que decidem apreciá-la.

Para os interessados em participar, os encontros serão diários, sempre de terça ao domingo. O curso obedecerá a dinâmica dos diálogos para cumprir as especificidades do conteúdo programado. Fazem parte do cronograma: aula expositiva e debate com os alunos sobre o conteúdo em questão, pontuado pela exposição de fotos, desenhos, textos e trechos de filmes; exibição parcial de longas-metragens chaves para o entendimento do conteúdo em questão e material didático, críticas ou artigos sobre o assunto em questão.

As inscrições serão abertas a partir do dia 22 de março (terça-feira). Os interessados devem encaminhar-se ao SESC Boulevard, que fica localizado no Boulevard Castilho França, n°522/523, em frente à Estação das Docas, no horário de 10h às 19h entre terça-feira e domingo. O público tem a possibilidade de escolher um ou mais módulos. Cada módulo será em períodos distintos e será constituído de 4 horas por dia, de 9h às 13h. As vagas são limitadas.

SERVIÇO:

Curso "O que é o cinema?"

Módulo I: “História do Cinema de Ficção” com Miguel Haoni.

Módulo II: “Perscrutando a Realidade” (Cinema Documentário) com Mateus Moura.

Módulo III: “Materializando a imaginação” (Animação) com Luah Sampaio e Luana Beatriz.

Período: Módulo I: 12 a 17 de abril/ Módulo II: 03 a 08 de maio/ Módulo III: 24 a 29 de maio

Horário: 09h às 13h

Local: Auditório do Centro Cultural SESC Boulevard (Boulevard Castilho França, n°522/523 – Em frente a Estação das Docas)

Informações: (91) 3224-5654/5305 (Centro Cultural SESC Boulevard)

(91) 4005-9584/9587 (Assessoria de Comunicação)

INSCRIÇÕES:

Início: 22 de março de 2011, terça-feira.

Horário: 10 às 19h.

Dias: terça a domingo.

VAGAS LIMITADAS

INSCRIÇÕES GRATUITAS

sexta-feira, 1 de abril de 2011

III Jornada de Estudos Coloniais

Estará ocorrendo na Universidade Federal do Pará, entre os dias 12 e 15 de abril, a III Jornada de Estudos Coloniais, com o tema Ocupação, economia e trabalho na Amazônia.

Pelo terceiro ano consecutivo os alunos da graduação e do mestrado em História da UFPA estão organizando este evento voltado exclusivamente aos estudos da Amazônia nos séculos XVI, XVII, XVIII e início do XIX. O objetivo é de apresentar as diversas temáticas da História Colonial e todas as pesquisas que estão sendo desenvolvidas tanto na UFPA quanto nas outras Instituições de Ensino Superior que tem o curso de História em sua grade.

Serão oferecidos mini-cursos, palestras, mesas-redondas e a novidade este ano é a oficina de manuseio e restauro de documentos, que será ministrada pela Professora Ethel, do APEP.

As inscrições estão sendo aceitas nos modos presencial e eletrônica. Quem quiser se inscrever pessoalmente, sem deslocar-se ao banco para fazer depósito, basta entrar em contato com um dos membros da organização que sempre estarão pela UFPA, solicitar a ficha de inscrição, preenche-la e pagar na hora a taxa de R$15,00. Caso contrário, entre no endereço abaixo e anote o e-mail para onde deve ser enviada uma mensagem solicitando a ficha de inscrição. Todas as instruções estão no blog. As inscrições estarão abertas até o dia 05 de abril.

Para mais informações acesse: http://www.jornadacolonial.blogspot.com/