quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade


O CMA é um dos vencedores do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade 2012, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que contempla, desde 1987, projetos e ações de preservação, valorização e divulgação do patrimônio cultural brasileiro. O projeto tem como tema "Belém dos Imigrantes" e foi premiado na categoria Pesquisa e Inventário de Acervos, entre 224 ações inscritas em todo o país, na 25ª edição do Prêmio.
A premiação ocorrerá no dia 24 de outubro, no palco da Sala Villa-Lobos, do Teatro Nacional Cláudio Santoro, em Brasília. Os vencedores receberão certificado, troféu e R$ 20 mil em dinheiro.

Valorização da memória - O historiador e diretor do CMA, Antônio Otaviano Vieira Junior, explica que o Prêmio vem confirmar a valorização e o desenvolvimento de políticas de memórias na UFPA e no Estado do Pará. “Ficamos muito felizes. Principalmente por ser um trabalho de longa duração e em equipe, no qual o pessoal da segurança, da limpeza, os bolsistas e os funcionários do CMA fizeram o melhor. É o coroamento das ações agressivas de memória da UFPA, que se efetiva como uma Instituição onde a Memória é tratada com respeito”, avalia o professor.
O diretor considera, ainda, que a premiação recompensa tudo o que já foi feito no CMA voltado à imigração, desde 2009. Segundo Antônio, nos últimos quatro anos, o Centro de Memória vem criando uma série de atividades, a partir do acervo. Entre elas, amostra de cinema africano, palestra sobre vinhos portugueses, base de dados sobre marroquinos, italianos, espanhóis, livro sobre migração na Amazônia, palestras, cursos, visitas guiadas para escolas públicas.

Instrumento de cidadania - O Centro de Memória não somente desenvolve pesquisas, mas ampara e fomenta atividades culturais com o intuito de alimentar a vontade de conhecer. O CMA tem um vasto acervo, que está disponível para quem quiser estudar ou pesquisar sobre imigração na Amazônia.
Para o historiador, a memória, hoje, é um instrumento de cidadania, e o CMA adota uma política que serve como parâmetro nacional. “Os documentos arquivísticos não são apenas matéria para acadêmicos, mas dizem respeito a crianças, jovens e a um público não acadêmico. Uma política de memória que propicia a articulação entre pesquisa, ensino e extensão.”
Memória paraense - CMA foi criado no ano de 2007 e funciona no prédio que abrigava a antiga Gráfica da UFPA, localizada no bairro do Reduto, em Belém. O espaço reúne a documentação de natureza civil e criminal que integrava o arquivo inativo do Tribunal de Justiça do Estado do Pará.  São documentos que tratam sobre assuntos variados da sociedade paraense, como questões religiosas e familiares, transações comerciais, conflitos fundiários, migração e imigração na Amazônia.

O Centro de Memória da Amazônia é mais que um prédio para arquivo de documentos organizados dentro dos padrões técnicos. O espaço abriga uma biblioteca de obras raras, uma sala de pesquisa climatizada, um auditório multifuncional, além de salas de exposição, de vídeo e de aulas. O CMA também oferece à sociedade paraense um centro de cultura, com “um conjunto de ações que destaca uma Amazônia também de imigrantes e que articula cinema, música, base de dados, livros, palestras e minicursos”, finaliza Otaviano Vieira Junior.
Texto: Vítor Barros – Assessoria de Comunicação da UFPA



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