sexta-feira, 30 de julho de 2010

Um poema para alegrar a ultima Sexta-Feira de julho

InstrumentalFredo Evane
O som que me invade agora é eclético,
Distante e enegrecido.
Não seria pelo instrumento mais completo.
Não fosse pela esfumo já esvanecido,

Por detrás das cantatas,
Das cantadas nas noites emudecidas...
Não soariam as vozes na noite inebriante.
Unidas nas toadas do poeta mais brilhante.

No toque mais singelo, no copo meio ébrio,
No zunido mais sombrio, no coração mais deletério.
Na sinfonia que adstringe a operística trágica dos amantes
 Deleita-se nos aedos, nas melodias mais excitantes.

Se compreendesses o que é esse som.
Jamais retornaria ao seu inerte silêncio,
Se entendesses esta música e seu tom.
Por nem uma regra serias tu, destinado ao vilipêndio.

As frondes se espalham nas areias, os pianos, as virtudes...
Os violões e as paixões... A cortesia fatal.
A sala mais inerme está no palácio das canções, polido...
Instrumental.

Dantes estavam candentes das belas princesas
E do fogo dos canhões. Agora estão ardentes no canto mortal.
No módico vintém da rapina e mortalha do homem atual.


Poema escolhido por Marcos Albano, bolsista do CMA

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