As atitudes dos indivíduos, sejam estas de que ordem for, trazem como objeto incentivador algo, um bem final a se alcançar. Porém, quando tal bem é tolido ou simplesmente negado, surge um sentimento: o arrependimento. Este, pelo qual as pessoas demonstram angústias e reflexões se deveriam, realmente, ter tido tais ações em nome de um desejo.
Frustrações, indagações e uma intensa busca de ter soluções ou oportunidades para retomar ou conseguir aquilo que foi perdido ou desperdiçado, são conseqüências causadas, sejam pelo arrependimento de ter feito algo sem medir esforços, em prol de uma oportunidade, ou por ter ficado inerte, passivo a qualquer situação. O medo de tentar, arriscar, extirpam de qualquer ser a chance de sabedoria, sim, pois mesmo quando o errar torna- se difícil de impedir aprende-se com o mesmo, demonstrando que o arrepender-se por não ter tentado é o pior entre os arrependimentos. Segundo Giovanni Bocaccio: “É melhor arrepender- se por ter feito alguma coisa do que não ter feito nada.”
Quantos conhecimentos, alegrias, sorrisos, formas de interações poderiam ser conquistadas, caso não fosse esse terrível e pertinente medo das conseqüências, maléficas, de tentar. Quando há, no final das contas, a percepção do quanto seria bom ter agido, mesmo quando o inesperado acontece, a impotência de controle quanto ao tempo e às oportunidades vem à tona.
Portanto, as próprias peças que a vida compõe necessitam do agir, ter ações e compreensões. Arrepender-se por não ter agido, além de retirar possíveis benefícios que poderiam ser alcançados omite o sentido de perseverança e autocrítica, afinal , como disse Renato Russo: “ Motivo de arrependimento é não ter aprendido com os próprios erros.”
Texto produzido pela bolsista Roberta Sauaia Martins
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