quinta-feira, 10 de março de 2011

O Museu do Marajó


“Um museu na medida certa”

Foi assim que a professora Denise Shaan chamou o Museu do Marajó, criado em 1984 pelo Padre jesuíta Giovanni Gallo, na cidade de Cachoeira do Arari. O museu foi idealizado após Gallo receber alguns cacos de cerâmica arqueológica marajoara encontrados na região do Arari. A idéia inicial do museu era de promover uma política de valorização da cultura marajoara, além de ajudar econômica e socialmente as famílias de Cachoeira.


 A constituição do acervo foi feita por doações da comunidade de artefatos arqueológicos, como um fóssil do período cretáceo de milhões de anos, alem do acervo documental feito por Giovanni Gallo durante seus trinta anos de morada no Marajó, constituído por fotos do cotidiano caboclo, as memórias da população, seus saberes e fazeres, detalhados também em inúmeras crônicas no período que fora colunista de jornal; estas crônicas foram reunidas no livro “Marajó: a Ditadura das Águas” que vendeu mais de nove mil exemplares em suas varias edições.

Tangas de Cerâmica, exposição permanente no museu
Giovanni Gallo achava que o museu deveria ser algo dinâmico, divertido, diferentes dos grandes museus, sérios demais para a mente do padre. Assim, definia o Museu do Marajó como um grande brinquedo, onde os visitantes poderiam mexer em painéis, virar plaquinhas, abri gavetas, desvendar segredos como em um computador, mas em um “computador da roça”, explicava Gallo.

Infelizmente nosso museu pede socorro! Os recursos para a manutenção do prédio e do acervo são precários, assim como os demais recursos destinados aos municípios da Ilha; o prédio já se encontra em péssimas condições e o acervo ameaçado.

Hoje, no dia em que celebramos 8 anos do falecimento de Giovanni Gallo, queremos deixar nosso convite à vocês para que conheçam o museu, valorizem a cultura marajoara que faz parte da cultura paraense, e que também possam ajudar para que este sonho não morra junto com seu idealizador.

Fachada do Museu
 Vale a pena conferir, desde já, boa viagem! 

Texto e indicação de autoria da bolsista Anndrea Tavares

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