Em meio a um circulo complexo de costumes e regras do século XIX, os crimes de defloramento eram visto como rompedores do pudor familiar, da honra da casa, vergonha para todo pai, que em muitos casos carregava em seus ombros a culpa pelo ocorrido com suas filhas. Estes pais, buscando a honra e a dignidade perdida, travavam cansativas batalhas judiciais, em busca de punição para aquele que desonrara sua filha; dentre estes pais encontramos o senhor Isidoro Marques de Oliveira Brito, pai da menor Alcidia, que fora deflorada por seu namorado, no ano de 1890.
O pai esta presente em todas as instancias do processo, procurando de todas as formas provar que sua filha fora corrompida, iludida pelas promessas de casamento, e que por assim crer, acabou se entregando ao acusado. O processo não apresenta conclusão, deixando-nos, assim, sem saber do desfecho do caso. Mas o bilhete, escrito em forma de poema, do acusado para a menor, nos faz entender que esta faleceu, por motivos desconhecidos; a luta do pai pela honra fora, provavelmente, interrompida pela tragédia.
Texto e Documento transcrito pela bolsista Anndrea Tavares
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